Minha história
Rio de Janeiro, 15 de junho de 1992 Nasce no Hospital Casa de Portugal, às 08:20 da manhã de uma Segunda-feira, Victoria Conceição Gomes Leão de Albuquerque. Geminiana, gênio difícil e ao mesmo tempo dócil, personalidade forte, temperamento que só a mãe aguenta, filha de nordestinos. Estaria tudo certo até este último item. Quem mandou nascer em mais uma segunda-feira, provavelmente de temperatura amena pelos ventos de junho, no Rio de Janeiro? O São João no Nordeste já estava começando, o milho já estava colhido, as roupas das quadrilhas estavam prontas e os passos cansativamente repetidos já estavam nas ponta dos pés, o pé de serra já estava ensaiado, a sanfona, o triângulo e a zabumba estavam ávidos para brilharem em conjunto e individualmente, os meninos já estavam soltando fogos, as meninas já haviam engomado o vestido para a grande noite. O que sinto pelo Rio de Janeiro é estranho, dói e ao mesmo tempo é vergonhoso (para mim mesma). É estranho não ter apego pelo seu local