O Natal da gente
Exatamente no dia que eu sento para escrever algo sobre o Natal – e suas dissonâncias – sou surpreendida com a propaganda mais linda do mundo! Sim, em 21 anos de existência nunca havia chorado tanto com uma peça publicitária, sem exageros. A cultura popular tem esse poder sobre mim. Desde pequena convivo nesse meio, pois morava em Aliança – Pernambuco – onde nasceu o Maracatu de Baque Solto (ou Maracatu Rural). Por vezes, era tirada das minhas ocupações de criança pelo “tengo tengo” dos Caboclos quando passavam na rua, corria para a porta para admirá-los mais de perto e me deslumbrar com suas cores. Desde aquele tempo, me arrepiava com o fervor das pessoas envolvidas em apresentações culturais, e não posso deixar de citar, que vibrava e me enchia de orgulho quando via meu avô – Maestro Zé Leão – tocar junto à banda quando dos festejos na cidade. Depois que meu avô se foi, o Natal tomou outro sentido pra mim, não sei se pelo senso crítico que desenvolvi desde então. É certo