O rei,o príncipe e o menino
O repórter insistiu em última e desconcertante pergunta: - "Estará agora resolvido, Silvino, o problema da extinção do banditismo?" De pronto, sábia resposta- em tom profético- veio aos lábios do velho espingardeiro: " Isto não acaba assim. O rifle não concerta nada. Morreu Lampião. Outros Lampiões aparecerão! E o mundo por aqui continuará girando, até que a Justiça bata às portas do sertão! É de Justiça que o sertão precisa" Entrevista concedida ao Jornal "A Noite" por Antônio Silvino. Em 1938. Assim começo meu texto de hoje. Antônio Silvino é considerado o primeiro “Rei do Cangaço”,para ele, Lampião era o príncipe, não só pelo motivo de ser seu sucessor, mas pelo fato de suas armas serem mais modernas. Manoel Bapstista de Morais, passou 23 anos,2 meses e 18 dias nas dependências imundas da Casa de Detenção no Recife. Lá dentro, viu de perto a Revolução de 30, a ascensão e a derrocada do então “Governador dos Sertões” Virgulino Ferreira da