Hoje sem querer ouvi a conversa de uma mãe com a filha sobre presentes. A mãe perguntava à criança o que ela gostaria que trouxesse do exterior, visto que esta viajaria na próxima semana e pediu pra filha fazer uma listinha. Pois bem, não existe nada demais em pais quererem agradar os filhos e o meu foco não é esse. Ao ouvir isso lembrei da minha infância, em um lugar bem acanhado chamado Aliança (Pernambuco).Não tive uma infância com muitas regalias, mas também nunca me faltou nada tanto em atenção e carinho como bens materiais. Tinha o tempo certo de ganhar presente : Aniversário, Dia das Crianças, Natal e eventuais encontros com tios que quisessem mimar. Fora isso, era bem raro chegar a alguma loja e apontar “Eu quero esse,esse e esse” e minha mãe comprar. Não vou mentir que às vezes era difícil aceitar um não, mas aquilo era na hora e ao chegar em casa eu sempre dava um jeito de improvisar o brinquedo que queria.
Observo que os seres humanos hoje não sabem viver sem tecnologia, onde vão tiram foto,postam em redes sociais, exibem seus notebooks pomposos, ficam de olho em todos os lançamentos...Certo que os avanços tecnológicos são uma significativa evolução da humanidade, uma criação excepcional que se usada para o bem pode ajudar muito, mas já diz uma frase de comercial “Lembrar que a vida amigo, a vida não gira em torno da internet..” . Quando regresso a esse interior que citei mais acima vejo que grande parte da população não tem acesso a boa parte das tecnologias, muitos não sabem nem pronunciar Twitter (vide Twits,Twibs,Twix) e nem por isso são frustrados. Vivem em paz na sua simplicidade e longe de algumas confusões que redes sociais podem gerar para relacionamentos.
A moral da história é que a gente depende de muito para ser feliz, muitas vezes criamos necessidades que nem temos. Dispensamos um por-do-sol para estar no shopping. A felicidade está sim nas coisas simples.

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