Sobre expectativas
Recorri ao velho Google a fim de
procurar um texto que tratasse de expectativas, não encontrei. Na verdade digo
que não achei porque não li o que gostaria de ouvir, sendo assim, resolvi
escrever para tentar por em ordem meus pensamentos.
Desde pequenos somos coagidos
a criar ou a corresponder expectativas.
É aquela sensação de quando nossa mãe chega do mercado e esperamos que ela
tenha trazido nosso lanche favorito, é o que nossos pais depositam quando
prestamos vestibular, é a reciprocidade que esperamos quando conhecemos uma
pessoa bacana. Expectativas fazem parte das nossas vidas, nos acostumamos a
criá-las até o momento de ser substituída pela decepção – e ainda assim temos
aquela pontinha de esperança de que algo pode mudar aos 45 do segundo tempo.
Acho que expectativa em
algo/alguém é conjugação do verbo no futuro. É a persistência. Como não
cultivá-las? Como não pensar no amanhã sem esperar algo? Como não acreditar que
não vivemos nos contos de fadas em que no final tudo dará certo?
Tem sido extremamente difícil pra mim
responder a essas questões, ter que conviver a todo tempo com o pensamento de
recriminá-las ou sufocá-las. Expectativas podem mover nossas vidas, mas também
podem nos machucar. A única certeza do momento é a obrigação de aproveitar o prato
do dia e degustá-lo como se não houvesse sobremesa ou a próxima refeição. É
sentir pela primeira vez que não há cabimento
em planejar o futuro – pelo menos por agora (ó a esperança ai, gente!).
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