Nessas horas que paro pra pensar,O que eu tô fazendo da minha vida? Tô com saudade de mim... Quero minha avó,quero o cheiro de interior,quero o cheiro do meu interior.
Procurei palavras para traduzir o que sinto neste momento. Não as encontrei. Cheguei à conclusão de que devo apenas desfrutar dessa energia tão maravilhosa que me cerca neste momento. Há exatamente uma semana atrás não imaginava o que estava prestes a acontecer. Desde que comecei a viajar para o Sertão de Canudos, alimento minha vontade incontrolável de descobrir coisas novas neste lugar, é uma flor que brota no meio do cinza da caatinga castigada pelo sol, é um menino que segue os mesmos passos do pai na labuta do campo, é o imponente sol que ilumina mas que também maltrata o chão, são os olhos curiosos que estranham a presença de gente diferente, mas que mesmo assim, tratam com uma atenção inigualável. São olhos de gente simples com sede de saber, que assim como eu, investigam, descobrem e se encantam com um aprendizado novo sobre esse lugar mágico. Sertão pra mim é isso. Aprendizado. Emoções afloradas. E acima de tudo: Gratidão! Pois quando estou lá percebo o quão sou ab...
Quando pequenos, temos como uma das brincadeiras favoritas colher mato pra fazer comidinha. Estar sujo de terra é mais frequente do que estar limpo. Quando pequenos, temos uma relação mais estreita com a natureza. Prestamos mais atenção ao que nos rodeia, seja um canto de um pássaro diferente, um pôr-do-sol em tons de degradê, o pisar em pequenas poças, o admirar-se com o movimento dos pequenos insetos. E então crescemos e perdemos o mato, o contato e o sentir. O mundo cão que nos rodeia nos ensina que sentimentos só devem ser demonstrados aos mais próximos (e olhe lá), jamais a desconhecidos. Ele nos veste uma armadura que cobre até nossos olhos. Quando foi a última vez que você admirou a lua? Quando foi a última vez que você fez algo pela primeira vez? Onde está aquela criança que se admira com as pequenas coisas do mundo? As palavras criadas pelo ser humano ainda não chegaram ao nível do significado do que vivi nesse carnaval, mas talvez algumas delas como: paz, ...
Geralmente a velocidade do nosso dia a dia nos faz ignorar certas manifestações da natureza, que mesmo com poucos espectadores, dá seu show independente da quantidade de público. Passei a observar mais as flores, e cheguei a uma conclusão: não existe nada mais paciente no mundo que uma flor. O botão lentamente se forma, vai inchando, e aos poucos se abre. Sem pressa, sem ansiedade, ela sabe a hora exata de estar pronta para mostrar toda sua exuberância e mesmo que ninguém a perceba, continua a espalhar suas cores e seus cheiros. Acredito que na vida devamos ter paciência de flor. Ter calma na espera, porque nosso momento de desabrochar e encantar chega mais ou cedo mais tarde. Já dizia Acioli Neto "A natureza não tem pressa segue seu compasso". Foto e Texto: Victoria Leão
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não é só você!
p.s: o banner do seu blog ficou muito bom!